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Procedimentos que são a memória amolecida de outros procedimentos. Tecidos que quase cobrem uma estrutura de madeira, um chassi, então são uma quase-tela. Ao assimilar a incompletude, ao contrário da ansiedade da forma que se quer fechada, completa, encontramos a liberdade do discurso aberto. As pausas e os silêncios, as potências individuais sugeridas pelas formas que se ajustam sem indicação de uma finalidade definitiva. As formas se apresentam como instâncias poéticas para reconstituírem sentidos e assim criar novas possibilidades de experiências. Um tecido veste uma estrutura de madeira, para que ela receba uma camada de cor, um passo a passo que aumenta a densidade do objeto, seu discurso, moldado entre o não-dito e o atrito, vive nas entrelinhas. São grandes as pausas e os silêncios que o trabalho do artista Renato Castanhari nos propõe.
Por Danillo Villa
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